Consórcio da Amazônia Legal deixa de fora questões importantes para a região
Governadores dos estados que compõem o Consórcio da Amazônia Legal (CAL) reuniram-se nesta última semana, em Porto Velho
Governadores dos estados que compõem o Consórcio da Amazônia Legal (CAL) reuniram-se nesta última semana, em Porto Velho (RO), pelo 28º Fórum de Governadores do CAL
Por Arthur Kowarski
No documento oficial, datado de 09 de agosto de 2024, não foi feita nenhuma menção aos entraves logísticos aos quais são submetidos seus respectivos estados, em função de decisões da justiça. Falamos aqui dos entraves para a construção da Ferrogrão e da interrupção das obras de asfaltamento da BR-319, esta última em função de uma liminar concedida pela Justiça Federal em julho.
Falaram muito em “sustentabilidade ambiental”, mas não foram feitas menções a questões de segurança pública, com o avanço do crime organizado na região, nem tampouco os conflitos fundiários, envolvendo populações rurais e povos indígenas, em que posseiros são expulsos de terras que ocupam há décadas por forças de segurança, a pedido da Justiça e do Ministério Público.
É preciso que o CAL se torne um fórum de ação para as autoridades da Amazônia, com base no interesse das populações locais e não apenas dos grupos tutelados legalmente, como os povos indígenas e ou quilombolas, que recebem atenção especial das ONGs. A demanda desses brasileiros frequentemente é abafada nas discussões sobre a Amazônia.