Ministro Mauro Vieira elogia Helder Barbalho
O posicionamento da cidade de Belém e do Estado do Pará nas relações internacionais acompanha uma tendência global de relações internacionais no âmbito subnacional.
Ministro concedeu entrevista exclusiva para O Liberal
“Helder Barbalho entendeu que o Pará pode ocupar espaços no debate global sobre sustentabilidade”, disse Mauro Luiz Lecker Vieira, atual Ministro das Relações Exteriores do Brasil, em entrevista exclusiva para jornal O Liberal. Vieira falou sobre temas amazônicos e outros assuntos pertinentes para a política internacional.
A primeira fala do ministro foi uma acusação dirigida ao governo anterior, caracterizado por “devastação e desmandos na área ambiental”, o que teria isolado o Brasil. Para o chanceler, a Cúpula da Amazônia realizada em Belém foi um passo na direção contrária, no sentido da retomada de relações com os outros países. “O governador Helder Barbalho entendeu perfeitamente que o Estado do Pará pode ocupar espaços no debate global sobre a sustentabilidade”, apontou o ministro do governo Lula III. O posicionamento da cidade de Belém e do Estado do Pará nas relações internacionais acompanha uma tendência global de relações internacionais no âmbito subnacional.
A entrevista foi realizada por Igor Wilson. Em uma das perguntas, o entrevistador mencionou Aldo Rebelo e Luis Arce, presidente da Bolívia, “que acusam países desenvolvidos como Alemanha, EUA, Noruega, entre outros, de promoverem um bloqueio econômico da Amazônia por meio do financiamento de ONGs”. A resposta do ministro foi sóbria, porém buscou demarcar uma diferenciação ao dizer que a Alemanha e Noruega são “parceiros no Fundo da Amazônia", que outros países desenvolvidos se juntaram à iniciativa e que “o caminho que devemos trilhar” é nessa direção. Apesar disso, Vieira disse que ONGs e governos estrangeiros devem respeitar o ordenamento jurídico brasileiro. “O mundo tem vivo interesse pela Amazônia, mas é o interesse nacional que deve orientar nossas escolhas”, respondeu o ministro ao ser questionado sobre os interesses da China na região amazônica.
Perguntado sobre os esforços do governo no campo da Bioeconomia na Amazônia, Vieira respondeu que o Itamaraty procura tem “buscado atuar nas múltiplas dimensões da pauta da sustentabilidade”. A política brasileira para a Bioeconomia é produzida no quadro do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável, que é formado por ONGs e foi criado com o financiamento de £ 1 milhão do Reino Unido.