“NASA diz que Brasil será inabitável": uma fake news direcionada contra a Amazônia

Grande mídia reproduziu suposição falsa de que estudo da NASA falava sobre Brasil se tornar inabitável

“NASA diz que Brasil será inabitável": uma fake news direcionada contra a Amazônia

Grande mídia reproduziu suposição falsa de que estudo da NASA falava sobre Brasil se tornar inabitável por causa de aquecimento

Circulou na grande mídia brasileira que um estudo da agência espacial norte-americana NASA teria apontado que até 2070 o Brasil ficaria “inabitável” por conta do aquecimento global.

Eis, então, que no dia 25 de julho boa parte das mesmas mídias que difundiram a notícia alarmista (mas não todas) desmentiram esse aviso. Na verdade, o estudo supracitado, a partir de medições de temperatura nos mais diversos locais do planeta, no período de 1979 a 2017, aponta que há uma tendência de aquecimento ao longo do período. No entanto, não foram feitas nenhuma previsão a partir dos dados coletados.

Da forma que a informação foi veiculada inicialmente, fica parecendo que foi feita para gerar pânico e atacar o Brasil. Se estamos todos condenados a fritar daqui algumas décadas, melhor parar de fazer filhos e que morramos todos antes de sermos cozinhados no vapor. Melhor que não geremos também mais carbono pelas mais diversas formas, seja pela queima de combustíveis fósseis, pela agropecuária e dejetos do gado ou pelo... desmatamento da Amazônia.

Tais alegações, mesmo que desmentidas posteriormente, são instrumentos de ambientalistas radicais com poder de influência nos órgãos ambientais do governo. Tornando ainda mais difícil o licenciamento para os mais diversos empreendimentos na região amazônica, haja vista a verdadeira “novela” para se aprovar a Ferrogrão.

Jornalistas de áreas que gozam de indicadores sociais e econômicos muito a frente da Amazônia brasileira, fortalecem a narrativa de uma Amazônia que para permanecer intocada deve abdicar de projetos de desenvolvimento, enquanto os amazônidas estão cada vez mais dependentes do assistencialismo estatal e de uma economia paralegal, quando não dominada pelo contrabando e narcotráfico.

Por Arthur Kowarski