Silveira: “Não podemos abrir mão de conhecer o verdadeiro potencial petrolífero do país”

Silveira declarou que a política energética do Brasil não pode se curvar aos “extremismos internacionais”.  “A questão do petróleo não é uma questão de oferta, é uma questão de demanda global”, disse o ministro

Silveira: “Não podemos abrir mão de conhecer o verdadeiro potencial petrolífero do país”

Falas durante evento mostram disposição de ministro e da presidente da Petrobras para a exploração de petróleo na margem equatorial

O ministro de Minas e Energia do Brasil, Alexandre Silveira (PSD-MG), disse no dia 23 que o Brasil não pode dispensar a oportunidade de abrir novas fronteiras petrolíferas, se referindo a questão da margem equatorial.  “Não podemos abrir mão de conhecer o verdadeiro potencial petrolífero do país”, declarou o ministro na abertura da Rio Oil and Gas 2024, a ROG, conferência que reúne expoentes do setor energético do Brasil e do mundo.

Silveira declarou que a política energética do Brasil não pode se curvar aos “extremismos internacionais”.  “A questão do petróleo não é uma questão de oferta, é uma questão de demanda global”, disse o ministro, “e nós não deixaremos de ser exportadores para sermos importadores” pois “não seria justo com brasileiros e brasileiras”, completou. 

A possibilidade de exploração de petróleo na margem equatorial vem sendo atacada por militantes ambientalistas dentro e fora do governo. As posições mais radicais são aquelas que trabalham pela abolição do uso do petróleo.

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Silveira defendeu que o país já tem uma matriz energética limpa e precisa aproveitar a pluralidade de suas fontes de energia. Após o discurso, o ministro disse ter “absoluta convicção” de que o governo autorizará a exploração do petróleo na margem equatorial. O ministro argumenta que o petróleo é essencial para as contas públicas brasileiras e destacou a importância do setor em projetos de infraestrutura do PAC. 

Durante o evento, a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, também defendeu a necessidade da exploração na margem equatorial, argumentando que isso faz parte da busca por segurança energética e que temos uma séria necessidade de explorar novas reservas. Seguindo a mesma lógica do ministro Silveira, Chambriard pontuou que o Brasil já tem cerca de 50% da sua matriz energética baseada em fontes renováveis e que o país tem a expectativa de chegar ao índice de 64% em 2050. 

Representativo da dimensão internacional do mercado, o secretário-geral da OPEP, Haitham Al Ghais, disse que a OPEP tem expectativas de trabalhar com o ministro Silveira nos próximos anos, respondendo positivamente a acenos que foram feitos pelo próprio ministro no passado. Segundo ele, é do interesse do OPEP estreitar a cooperação técnica com o Brasil. 

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Redação; informações com a Agência Brasil, Folha de São Paulo e Agência Reuters